quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nicho ecológico,agora enfim vou entender.






Nicho ecológico,agora você vai entender...

O nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população) vive e se reproduz. Pode se dizer ainda que o nicho é o "modo de vida" de um organismo na natureza. E esse modo de vida inclui tanto os fatores físicos - como a umidade, a temperatura, etc - quanto os fatores biológicos - como o alimento e os seres que se alimentam desse indivíduo.
Vamos explicar melhor: O nicho do Bugio, por exemplo, inclui o que ele come, os seres que se alimentam dele, os organismos que vivem juntos ou próximo dele, e assim por diante. No caso de uma planta, o nicho inclui os sais minerais que ela retira do solo, a parte do solo de onde os retira, a relação com as outras espécies, e assim por diante.
O nicho mostra também como as espécies exploram os recursos do ambiente. Assim a zebra, encontrada nas savanas da África, come as ervas rasteiras, enquanto a girafa, vivendo no mesmo hábitat, come as folhas das árvores. Observe que cada espécie explora os recursos do ambiente de forma um pouco diferente. Diferentes espécies podem ter diferentes nichos ecológicos ✏ anota aí Galerinha. Num mesmo habitat pode existir uma só espécie com diferentes nichos ecológicos, portanto, neste caso não haverá competição entre elas,anota aí Galerinha kkk ✏
Essa referência foi do meu instagram https://www.instagram.com/alancalvet/


Podemos definir Nicho Ecológico como um conjunto de diversas variáveis ambientais relacionadas a uma determinada espécie, tais como o habitat onde se encontra, seu papel no ecossistema(herbívoros, carnívoros, decompositores, etc.), seu poder de adaptação a fatores limitantes (umidade, pH, tipo de solo, etc.) e necessidades de reprodução (locais de tocas).

Ao logo dos anos vários pesquisadores descreveram seu ponto de vista sobre o que seria Nicho Ecológico. Grinnell (1917) definiu que nicho ecológico seriam todos os locais onde um indivíduo de uma espécie pode viver, sendo relacionadas a tolerância fisiológicas, alimentação e interações interespecíficas. Já Elton (1927) descreve nicho como uma função realizada por uma espécie dentro comunidade onde ela está inserida.

No ano de 1957 o pesquisador Hutchison se destacou revolucionando o conceito de Nicho Ecológico, tornando o conceito em uma unidade quantitativa que permite uma análise teórica e uma previsão, fazendo que o papel de uma população dentro de uma comunidade possa ser explicado pelo seu nicho:
Habitat (espaço ocupado)
Aspectos alimentares (nutrientes essenciais)
Requerimento Reprodutivo (locais de nidificações ou tocas)
Sazonalidade (quando as suas necessidades são requeridas e usadas).

Hutchison (1957) acrescenta os termos “Nicho Fundamental” e “Nicho Realizado”, sendo definidos:
Nicho Fundamental são todos aspectos necessários para sobrevivência da espécie no local, como por exemplo, todos os tipos de alimentos e áreas de nidificação que a espécie pode se alimentar na ausência de outras espécies.
Nicho Realizado são partes dos aspectos necessários para sobrevivência da espécie no local, seguido o mesmo exemplo, alguns tipos de alimentos e poucas áreas de nidificação pois dessa vez há restrições devido à presença/interações de outras espécies.

Podemos então concluir que nicho ecológico é o conjunto de condições dentro das quais uma espécie pode manter uma população viável no ecossistema. Sabendo que essas condições podem mudar de acordo com o ciclo de vida do animal (indivíduos jovens ou adultos, épocas de reprodução ou hibernação) e a geografia onde ele se encontra (áreas mais secas ou chuvosas, montanhosas ou planícies).



Como todo sistema complexo, qualquer mudança pode acarretar problemas. As espécies exóticas podem trazer problemas para esse sistema, se as duas espécies (a nativa e a exótica) com o mesmo nicho coexistem no mesmo local, uma será extinta da área devido a competição. Quanto maior a proporção de sobreposição dos ninhos, maior a competição entre as espécies e a mais generalista na maioria das vezes representada pela exótica ganha a competição.



Referências:

ODUM, E.P.; BARRETT, G.W. Fundamentos de Ecologia. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 612 p.
RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003. 542 p.

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