quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Saúde pública: Controle de roedores





Ambiente propício à instalação de roedores, com água, abrigo e alimentos disponíveis A população deve ser a principal parceira em um programa de controle de roedores. Deverá receber, portanto, de forma organizada e continuada, as informações sobre procedimentos e atitudes que inviabilizem a livre proliferação de roedores em seus domicílios e peridomicílios e dos resultados obtidos pelo programa. A forma mais inadequada e onerosa de combater roedores é a realização de campanhas de desratização em períodos críticos, só pela aplicação de raticidas. A determinação da área de controle deverá privilegiar sempre a implantação do sistema como um todo, evitando a pulverização de recursos que impedirá a consolidação dos resultados a serem alcançados. As ações estratégicas para o controle de roedores podem envolver:
 a) A comunidade, a população, as instituições governamentais e particulares que atuam direta ou indiretamente na área de zoonoses e meio ambiente, devem participar desde o início do processo de implantação, execução até a avaliação das ações de controle de roedores.
 b) A sociedade civil organizada - diversos problemas sanitários ultrapassam a esfera de ação do setor saúde, demandando ações entre o setor saúde e outros setores do governo (hospitais, laboratórios, centros de vigilância epidemiológica, secretarias de saúde, centros de zoonoses, IBGE), entidades privadas, sociedades organizadas (sindicatos, associações, conselhos, igrejas, movimentos da sociedade civil, ONG’s), prefeituras, secretaria de obras do município ou região, urbanismo, planejamento ou similares, autoridades que detêm o poder decisório nas organizações ou capacidade de influir nas decisões, além dos mais diversos segmentos da sociedade, que atuam direta ou indiretamente na área de zoonoses e meio ambiente na busca de melhores condições ambientais, de saúde e vida.
c) Os meios de comunicação - é imprescindível identificar e buscar as fontes oficiais e não oficiais de informação e divulgação. A produção e a disponibilização dos conhecimentos, a criação de um canal de acesso das informações de forma simplificada para serem assimiladas e apropriadas, tanto pelos que lideram as políticas públicas como pela população, têm enorme importância para que possam agir no sentido da redução dos riscos de adoecer, na boa gestão ambiental e na formação da consciência pública. É necessário, então, estabelecer um programa permanente de controle de roedores a partir de um diagnóstico da ocorrência de doenças, prejuízos econômicos e incômodos na área geográfica considerada. A organização do programa deverá basear-se nas características da área-alvo e no levantamento correto de dados, que permitirão definir a metodologia mais adequada para sua implantação em caráter permanente. Representa, pois, um grande desafio para a administração do controle de roedores, a busca das parcerias relevantes, considerando que diversos problemas sanitários ultrapassam a esfera de ação do setor saúde. Esta parceria é de fundamental importância na escolha da área, no diagnóstico, no controle de roedores, na educação em saúde e ambiental, na execução de medidas de combate, nos instrumentos de avaliação. Estes servirão como prognóstico e embasamento para o poder público investir na redução sistemática dos índices de infestação murina e, conseqüentemente, dos prejuízos gerados pelo roedor. Os profissionais precisam estar capacitados para identificar o problema, definir e redefinir necessidades, adaptar estratégias locais, realizar um planejamento participativo, levando em conta as diferenças em seus sistemas locais, culturais, econômicos, e desta forma, selecionando tecnologias pertinentes, avaliando o processo e os efeitos das intervenções planejadas. As ações que visam a proteger a população eliminando os roedores das áreas identificadas devem ser o alvo para a educação em saúde, pela utilização de uma metodologia que vise a participação, a reflexão, o debate para a autotransformação das pessoas, voltadas para a conquista, o compromisso e a manutenção do direito ao ambiente ecologicamente equilibrado. 



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